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REMONTAGEM DE “TU PAÍS ESTÁ FELIZ” AOS 45 ANOS DO GRUPO TEATRAL PERUANO “CUATROTABLAS”

 

  1. Os antecedentes

“Tu país está feliz” é um espetáculo que inclui poemas líricos e sociais.  Alguns dos poemas líricos foram escritos por Antonio Miranda ainda no Brasil, na década de 60 do século passado, antes de ir para Caracas com uma bolsa de estudos para cursar Bibliotecología na Universidad Central da Venezuela - UCV. Os demais poemas foram inscritos no “rabo do cometa” das revoltas estudantis a partir de Paris em 1968, desdobrando-se nos EEUU e nos países latino-americanos vivendo entre processos ditatoriais e revolucionários, embora o autor já estivesse participando da cena política brasileira que antecedeu e culminou com o Golpe Militar de 1964 no Brasil. Uma fase não substitui a outra na criação poética; se fundiram, amalgamaram na composição do texto literário, entre as referentes ao corpo físico que se transforma em metafísico e os poemas de reivindicação de liberdade e ressignificação de valores existenciais e políticos (em ebulição!).

 

1968 foi um divisor de águas, com suas iconizações exacerbadas da tríade SEXO-ROCK’N’ROLL-DROGAS”, mas deve ser melhor interpretado como a luta contra os fundamentalismos ideológicos, religiosos se até filosóficos daqueles tempos de Guerra Fria. Contra os preconceitos, as lutas de classe sem o monopólio autoritário do stalinismo; contra as discriminações étnicas e raciais, as distorções éticas e estéticas; contra fanatismos e ressentimentos de rebanhos humanos em seitas e receitas “divinas” e condicionantes. “Proibido proibir” era o lema.

 

Enfatizamos: alguns dos primeiros poemas — os líricos, foram redigidos em Português, ainda no Brasil e os demais diretamente em Castelhano, alguns apresentados durante o 1º. Festival de Poesía y Canción de Protesta, organizado no Teatro da UCV, em 1969, por Eduardo Gil e Antonio Miranda, onde surge definitivamente o nome da cantora Soledad Bravo.

 

  1. Mário Delgado e Cuatrotablas

Quando Carlos Giménez, em 1970, assumiu a direção dos ensaios dos jovens que, meses despois constituíram o Grupo de Teatro Rajatabla, do Ateneo de Caracas, o jovem Mário Delgado era da equipe; decidiu Mário regressar a Lima , seu país de origem, como assistente de direção de Carlos Giménez na montagem de espetáculos teatrais, e depois dedicou-se á montagem da versão peruana de “Tu País está Feliz” (em 1971). Criou o grupo Cuatrotablas, cuja história e conquistas já está registrado em artigos e livros que documentam aquela iniciativa (*).

         A remontagem de “Tu país está feliz” em época tão diferente daquela original, foi a oportunidade presente de reunir, para a celebração dos 45 anos do grupo, os atores de várias gerações da oficina de formação teatral, incluindo os novatos. Fez uma reestruturação dos textos. Por exemplo, o poema “Autobiografía tardía” (**) foi encenado no início do espetáculo, além da adoção de algumas expressões mais atuais, ou para explicitar a questão peruana contingente, sem qualquer objeção por parte do autor (nossa). Ou seja, marcando uma “ponte” temporal entre 1971 e a situação atual, onde o texto mantêm-se quase por inteiro em sua integridade original, com a evidência — reconhecida pela crítica e pelo público — de sua permanência  e validade conceitual.

 

  1. Elenco

Participam do espetáculo (versão 2016) atores e cantores de várias gerações de Cuatro Tablas, inclusive alguns dos fundadores e pioneiros do grupo: María del Pilar Núñez Ríos, Antonieta Pari, Flor Castillo, Enrique Avilez, Lucho Ramírez e Lucho Ramírez.  Das últimas gerações estão em cena: Shirley Paucara, Wady Fulton, Wendy Chávez Espinoza, Raúl Durand, Ricardo Santa Cruz y Carlos Cueva.

Música dirigida pelo violonista Marco Iriarte, acompanhado por estudantes de música que se revesam nas apresentações.

 

 

Os músicos e o diretor Iriarte, à direita.

 

 

Edifício sede do Centro Cultural Peruano Japonês, em Lima.

 

  1. Ensaios

Os ensaios finais aconteceram nos dias anteriores, e nas horas que precederam a funções, no auditório do Centro Cultural Japonés Peruano e e na Casa de la Cultura Peruana.  Lamentavelmente, o diretor Mário Delgfado não esteve presente nos últimos ensaios, impedido por uma grave pneumonia seguida de anemia profunda, impossibilitando-o até mesmo de participar das cerimônias comemorativas dos 45 anos de Cuatro Tablas, sendo homenageado pelo elenco e pelo público em reconhecimento por contribuição à cultura peruana.

 

*

** O poema foi escrito semanas depois da estreia do espetáculo em Caracas, em 1971, logo ensaiado e incluído com o objetivo de servir como biografia do jovem pós-68, expressando sua visão de mundo, com questionamentos e indagações existenciais.

 

Veja o vídeo no Youtube (57 minutos):
https://www.youtube.com/watch?v=bPg-QuSRmY0&feature=youtu.be

 

 

Sede da Casa de la Literatura Peruana, Lima (2016)


 

 

 

 

 

 
 
 
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